Há tradições de Ano Novo que são obrigatórias na passagem para um novo ano. Em cada país, e para cada pessoa, há hábitos que fazem todo o sentido repetir todos os anos – para dar sorte, ou para começar um novo ano com o pé direito e muita esperança!
Apesar das diferenças entre países, há algumas tradições de Ano Novo que são comuns a muitas culturas. Os fogos de artifício são uma das mais conhecidas, mas cada nação também tem alimentos típicos desta época.
Sabias, por exemplo, que em muitos países europeus há a tradição de comer lentilhas na ceia de Ano Novo para dar sorte? É verdade, pois acredita-se que estas leguminosas trazem prosperidade.
Comer 12 uvas-passas à meia-noite é outra tradição em diversos países, incluindo Portugal e Espanha, pois também existe a crença de que trazem sorte.
Muitos dos hábitos desta época festiva estão associados a superstições, ou a crenças religiosas. Contudo, dependem, quase sempre, das culturas de cada país.
As tradições de Ano Novo mais divertidas (e alguns factos curiosos)
A par das resoluções de Ano Novo, tão típicas desta altura, há hábitos sem os quais não faz sentido a passagem de ano. Vamos, por isso, partilhar contigo alguns entre os que são mais conhecidos, os mais insólitos e os mais divertidos. Segue connosco nesta viagem!
Primeira festa de Ano Novo foi há 4 mil anos
A primeira festa conhecida de Ano Novo aconteceu na Antiga Babilónia há quase 4 mil anos. Esta região era uma importante área urbana na antiga Mesopotâmia, território onde atualmente é o Iraque.
Mas foi o imperador romano Júlio César quem, pela primeira vez, declarou o dia 1 de janeiro como feriado nacional. O governante indicou também que este mês deveria ser de homenagem a Janus, o deus romano das portas e portões que tinha duas faces, uma voltada para a frente e outra voltada para trás.
Beijo de Ano Novo também começou com os romanos
Os antigos romanos ficaram com a fama de ter iniciado a tradição do beijo que é obrigatório, para muitos casais, no momento da passagem de ano. Se um casal não se beijar nesse momento, acredita-se que o futuro do seu relacionamento pode ficar em causa. Então, não se esqueça de trocar, pelo menos, um beijinho com o seu parceiro/parceira!
E tudo começou no festival da Saturnália, uma celebração em homenagem a Saturno, o deus do tempo, onde tudo era permitido – sem freios, e esquecendo a moral e os bons costumes.
Algumas das celebrações deste festival louco acabaram por influenciar as festas de Natal e Ano Novo em vários países.
Influência do Papa Gregório XIII
Devemos à Igreja Católica o facto de a passagem de ano acontecer de 31 de dezembro para 1 de janeiro. Isto porque foi o Papa Gregório XIII quem implementou o calendário gregoriano em outubro de 1582, mantendo-se em vigor até à atualidade.
O anterior calendário juliano não tinha em conta os anos bissextos, fator que motivou a alteração para o calendário gregoriano. Os anos bissextos ocorrem de quatro em quatro anos e têm 366 dias, ou seja, mais um do que os 365 dias dos anos normais.
Pular sete ondas na passagem de ano
Na “virada do ano”, como se diz no Brasil, é tradição saltar sete vezes as ondas na praia. Trata-se, em primeiro lugar, de uma homenagem à deusa do mar, mas também serve para dar boa sorte.
Enquanto se saltam as ondas sete vezes, devem pedir-se sete desejos – um por cada salto. As pessoas pedem o habitual: amor, dinheiro e saúde, entre outras coisas mais específicas.
Primeiro banho do ano gelado
Em vários países pelo mundo, há a tradição de tomar um banho de mar bem gelado no primeiro dia do ano. É o que acontece em várias localidades portuguesas, mas também em países com invernos ainda mais gelados, como é o caso do Canadá.
Este verdadeiro “mergulho de urso polar” serve para afastar os maus espíritos e a má sorte no novo ano. E deixa a mente bem desperta!
Partir pratos
Na Dinamarca, a boa sorte “chama-se” a partir pratos! Esta insólita tradição envolve atirar pratos para a porta de familiares e amigos. É uma peculiar forma de dar as boas-vindas a um Ano Novo…
Mas os dinamarqueses também têm o hábito de subir a uma cadeira e de saltar quando chega a meia-noite – vá-se lá saber porquê!
Queimar árvores de Natal
Já os holandeses têm o hábito de queimar árvores de Natal, além de lançarem fogos de artifício na véspera de Ano Novo.
A base da tradição está na ideia de que é preciso queimar o que é velho (o que é representado pelas árvores) para acolher coisas novas (simbolizadas pelo fogo de artifício).
Beber champanhe com as cinzas de um desejo
Na Rússia, há uma tradição semelhante à holandesa. Mas passa, antes, por queimar um pedaço de papel com um desejo escrito, bebendo, depois, as cinzas com champanhe à meia-noite. Tudo isto para que o desejo se concretize!
Usar cuecas vermelhas (e de outras cores)
Quem mora em Itália, já sabe que deve usar cuecas, ou roupa íntima, vermelha na passagem de ano – é para dar sorte! Mas porque é que isso acontece?
O vermelho é associado à fertilidade desde o antigamente e isso pode justificar a ligação à sorte, já que ter filhos era, noutros tempos, a maior bênção de todas. Mas, também por isso, simboliza igualmente o amor.
Noutros países, nomeadamente na América do Sul, usam-se ainda outras cores nas roupas íntimas como simbologia para o que se deseja no novo ano. Assim, alguns acreditam que o amarelo traz abundância e dinheiro enquanto o branco é sinal de paz.
Demónios assustadores
No Japão, o Ano Novo tem um traço assustador para as crianças de Akita, cidade situada no norte da ilha japonesa de Honshu. Os homens adultos da localidade vestem-se de demónios – ou de “namahage” – para assustarem os mais novos, correndo de casa em casa em busca das crianças que se portaram mal ou dos “bebés chorões”.
Estes “namahage” usam máscaras e fantasias de palha designadas por “kedeh“, carregando facas de madeira e baldes. O objetivo destes demónios é receber bolos de arroz e saquê das famílias que visitam para se irem embora.
As pessoas acreditam que após a passagem dos “namahage” ficam abençoadas com saúde e boa sorte para o novo ano.
Das uvas-passas às ervilhas (mas lagosta e frango são proibidos)
Há diversos alimentos que, por superstição, fazem parte das tradições de Ano Novo de muitas pessoas. Já mencionámos que devorar 12 uvas-passas nos primeiros 12 segundos do novo ano é um hábito em países como Portugal e Espanha.
Cada uva representa um mês do ano e diz-se que dá sorte – mas há rumores de que tudo começou como uma manobra de marketing de produtores de vinho que queriam vender mais uvas no inverno…
Noutras latitudes, come-se carne de porco porque a sua gordura simboliza riqueza. Mas há ainda quem acredite que comer 365 ervilhas na passagem de ano traz boa sorte porque estas leguminosas incham quando são cozidas.
O feijão-frade e o grão-de-bico são outras escolhas típicas desta época. E há quem diga que tudo o que tem a forma redonda – ou a forma de moedas! – dá sorte. Portanto, tome nota!
Comer legumes com folhas verdes é outra tradição porque simbolizam a prosperidade. Já os japoneses comem “noodles“, ou massa de tipo longo devido à crença de que isso lhes trará uma vida longa.
Por outro lado, deve evitar comer lagosta e frango na “virada do ano”, pois são considerados símbolos do azar. No caso da lagosta, é capaz de andar para trás e, por isso, se a consumir na passagem de ano, não conseguirá avançar na vida.
Queda da bola em Times Square… e da laranja em Miami
Um dos eventos mais conhecidos da passagem de ano é a queda da bola na Times Square em Nova York, nos EUA. Mais de um milhão de pessoas costumam reunir-se para assistir ao momento no local.
Esta é uma tradição desde 1907 e que surgiu devido à proibição do lançamento de fogos de artifício.
Atualmente, a bola que é lançada pesa 5.386 quilos, tem um diâmetro de 3,6 metros e é feita de 2.688 cristais que são iluminados por 32.000 luzes LED. A bola anterior que foi substituída em 2008, pesava apenas 550 quilos e tinha 1,8 metros de diâmetro.
O lançamento da bola é feito por um mastro de 39,5 metros e são lançados confetes com os desejos escritos por milhares de pessoas. Esta foi uma tradição introduzida em 2015, e que é conhecida como “wishfetti“.
Em Miami, na Flórida, não é uma bola que se lança, mas uma laranja numa tradição com mais de 30 anos.
Mas, conforme as tradições de cada local, há outras cidades que lançam coisas como uma chave inglesa ou até picles! E, na Flórida, há uma drag queen que desce da cobertura de um bar desde 1996, através de um sapato gigante vermelho de salto alto que existe na fachada.
O primeiro e o último país a celebrar
Os habitantes da ilha de Kiribati, ou Ilha Christmas, no Pacífico Central, são os primeiros a celebrar a passagem para o Ano Novo. Já os da Samoa Americana, território norte-americano localizado na Polinésia, Oceânia, são os últimos a fazer o brinde ao novo ano.
Na verdade, a passagem para o Ano Novo dá-se por último nas Ilhas de Baker e Howland na Micronésia, a sul da linha do Equador. Mas estes dois territórios dos EUA estão desabitados.
Independentemente de onde se celebre, e se em primeiro ou em último lugar, as tradições de Ano Novo são obrigatórias! Escolha as suas e aproveite da melhor forma esta quadra festiva, para que o novo ano comece em grande!
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